Itau reduz previsao para o indice Bovespa em 2013, para 75 mil pontos

08/02/2013 20:22

 

www.arenadopavini.com.br/artigos/indices/itau-reduz-preco-alvo-para-o-ibovespa-em-2003-para-75-mil-pontos

 

A corretora do Banco Itaú reviu sua estimativa para o ÍndiceBovespa em 2013, para 75 mil pontos, abaixo dos 77 mil estimados para este ano. A projeção menor é motivada pelo menor potencial de ganho das ações dos setores de energia elétrica e recursos materiais, informou a corretora em relatório aos clientes. Hoje, o Ibovespa está em 59 mil pontos, o que indicaria potencial de valorização de 27% até o fim do ano que vem.

banco está também mudando a forma como os analistascalculam o valor justo das ações, incentivando-os a estimar o preço provável dos papéis em determinada data, e não apenas projetar os valores com base nos resultados da empresa. Em geral, os analistas fundamentalistas olham o fluxo de caixa e o lucro das empresas para projetar os ganhos futuros e, com base nesse ganho, calculam qual deveria ser o valor das ações hoje.

Esse número, porém, é mais um referencial, nem sempre é o definido pelo mercado, que está sujeito a outras variáveis, como as condições de oferta e procura dos papéis em determinados períodos, e que são influenciados por fatores externos como confiança dos investidores ou interesse por ações. Segundo o Itaú, os analistas poderão aplicar prêmios ou descontos a ações específicas, dependendo da governança corporativa, do impulso dos lucros ou das notícias que andam saindo sobre determinada empresa.

Petróleo e OGX lideram possíveis altas

O maior potencial de alta no índice é petróleo, de 50%, especialmente com OGX, avalia o banco, seguido do de telecomunicações, com espaço de ganho de 30%, puxado por TIM, que poderia subir 60% no período.

Relação entre preço e lucro mostra mercado ainda barato

O banco estima uma relação entre os preços das ações e seu lucro (P/L, que dá uma ideia em anos do retorno projetado pela empresa, e portanto quanto menor, melhor) do mercado brasileiro de 11,4 em 2013. O banco usa como referência o índice MSCI Brasil, que reúne as principais empresas do mercado brasileiro por volume negociado ponderadas por seu valor de mercado.

Mas há grande disparidade entre os setores, com alguns como os de consumo discricionário e consumo básico com P/Ls elevados, de 22,7 e 21,6 vezes, enquanto outros estão mais baratos, como  o de energia, com P/L de 9,6 vezes, financeiro, com 9,5 vezes.

P/L do Brasil ainda é competitivo

Usando dados para os próximos 12 meses, o Brasil aparece com um P/L de 10,5 vezes, mais baixos entre diversos mercados, como os 11,7 vezes da África do Sul, 13,2 vezes dos EUA, 13,7 vezes da Índia, 15,5 vezes do Chile e 17,5 vezes do México. Estariam mais baratos a China, com P/L de 9,5 vezes, e a Rússia, com 4,8 vezes.

Gráficos indefinidos

Já o analista gráfico do Itaú diz que o Índice Bovespa segue sem uma tendência definida no curto prazo. Usando os gráficos, a equipe de Marcello Rossi estima que o índice tem uma forte resistência para superar os 60.500 pontos que, se forem ultrapassados, permitiriam ao referencial chegar aos 62 mil pontos e depois aos 63.500 pontos.

Mas, se o mercado perder força, o índice pode cair para 58.100 pontos, nível que, se ultrapassado, poderia levar o mercado aos 56.200 pontos e depois aos 52.200 pontos.